Devia escrever mais por aqui e, assim que o começasse a fazer, não devia ser logo sobre mim. Afinal, esta publicação é sobre a Tatiana e o Ricardo. Mas, com certeza, as poucas pessoas que vão acabar por ler isto me perdoarão. Cá vai:
Acabei por crescer sem ideias concretas sobre o que queria ser. Acabei a estudar cinema, porque gostava de audiovisuais no geral e de fotografia em particular. Em 2011 acabei o curso e começaram a pagar-me para fotografar casamentos. Ir a casa da noiva, metê-la em frente à janela, fotografar o noivo a apertar os sapatos, agora uma foto só com a mãe, obrigado!, fotografar a troca das alianças, fotografar as pessoas de mesa em mesa, corte do bolo e pouco mais. Tudo com flash, claro, porque as sombras são o demónio. Pelo caminho que é a vida de fotógrafo de casamentos, fui conhecendo trabalhos de outros fotógrafos. Trabalhos sérios e com a paixão de quem fotografa arte. Tive também a sorte de me cruzar com gente genial, que tratava a composição, a luz, a sombra (!), a cor e as emoções não por tu, mas com todas as mordomias que um rei merece. Isso fez com que, em 2017, continue apaixonado pela Fotografia de pessoas que se gostam.
Esta sessão de Londres e Cambridge é sobre isso: duas pessoas que se gostam.
Duas pessoas que se gostam e confiaram em nós tão cegamente, que se lhes pedisse para se despirem-se no meio do metro de Londres, ele teriam começado logo a olhar à volta para descobrirem onde pendurar as roupas. É gratificante que dois noivos nos façam voar de Portugal para Inglaterra para uma sessão, mas vir de lá com dois amigos novos é impagável. Obrigado e vénias aos dois, Tatiana e Ricardo. Cá vos espero para bebermos mais um chá.
Com Tiago Pinheira, companheiro de carro, comboio e avião nesta aventura.